Querido Diário adulto... Opa... Caro Blog.
Hoje é uma quarta-feira, dia 8 de julho, e pela 5ª vez tento levar minha Belina para Santo Ângelo [SA], sim, ela está a quase 2 semanas em Ijuí.
Na 1ª vez quase bati em um carro de ré, do qual o relato já fiz na Biografia da Jana III.
Na 2ª escapou o fio de injeção [aquele que sai faísca pra pegar o carro] e eu pensei que fosse por falta de gasolina, na verdade, álcool. Belinas são movidas à álcool, não muito diferente de sua dona. Eu e minha amiga tivemos que colocar em ponto morto até um posto, passando por uma rótula sem nenhum carro e após uma sinaleira fechada, sufoco, empurrei até o posto, consegui abastecer, e só depois de meia hora que os caras do posto vinham e iam com a Bel pra fazer pegar, que chega um cara e nota que era apenas um fio desconectado.
Na 3ª vez, ela simplesmente não pegou pelas 7 horas da manhã! Claro, já disse, a Bel é à álcool, não pegam assim! Ela nem quis ser aquecida. Fui pra SA de carona pra buscar roupa e deixei ela no pátio da casa da minha amiga, que se tornou minha semi-família [sou adotiva de coração e imposição].
No outro dia tirei ela do pátio, fazendo um estardalhaço, tirei ela bem direitinho, tinha que fazer várias manobras, porém ela me apaga no meio da rua, bem na hora que todo mundo passa, semi-mãe chega em casa de carona, semi-sobrinho chega de van da escola, enfim... Depois que ela pegou, deu uma volta, e estacionei do lado de fora de casa na descida para o outro dia pegar no tranco.
O motivo da 4ª vez não ter ido pra SA foi a chuva muito forte e frio. Nem que eu fosse muito louca eu iria com a Belina com risco de parar no meio da estrada na chuva, e além do mais no frio ela se nega a andar.
Relato da 5ª vez: Estou aqui dentro do carona da Belina, estacionada entre as travez da baliza de uma auto-escola de ônibus e caminhões, ao meu lado esquerdo vejo um campo verde, à direita uma casa semi-assombrada, à frente está o ferro do meio da baliza e alguns carros fazendo as balizas, atrás vejo mais balizas. Mas para chegar aqui, conto a semi-pequena história:
A Belina estava estacionada na descida como relatei, então, tentei fazer ela pegar umas 5 ou 6 vezes, nisso eu tinha que esperar uns minutos porque toda vez ela afogava, eu entrava e saia da casa, todas essas vezes. Na 7ª vez resolvi soltar o freio de mão e fazer ela pegar no tranco, minha sorte foi que não passou nenhum carro na rua de baixo, fui que nem faísca, mas ela não pegou. Resultado: fiquei na Society do Alemão [campinho de futebol] a uma quadra muito extensa daonde Bel estava estacionada. Voltei com uma cara de taxi pra casa, falei com a secretária que trabalha na casa, e ela me passou um nº de um cara especializado em Baterias, liguei, alguns 10 minutos, chegou.
Na 1ª ligada, após conectar uns cabos na bateria, ela ligou, me falou um monte de coisas que eu já nem lembro mais, [gente eu sou mulher, não entendo de carros nem sei de seus nomes científicos, fiquei olhando o motor pensando no coração, pulmão, estomago, enfim, na anatomia humana], acho que ele falou que pra fazer pegar no tranco tinha que descer em 2ª [soco pré-cordial], e que tinha que injeta gasolina [adrenalina], me mostrou uns botões, antes de sai, Bel ficou ali, bem queridona ligada, com o negócio que faz o motor ficar funcionando puxado.
Ok, pronto agora vou pra Santo Ângelo – pensei.
Coloquei a 1ª, sai dirigindo a Bel, estacionei no outro lado da casa que agora vira subida, fui pegar minhas malas, voltei, coloquei no carro, fui sai, saiu direitinho, no meio do caminho parou tudo [morte súbita]! Tive que esperar semi no meio da rua porque tinha um ônibus da auto-escola atrás de mim, e ele achou que eu estava fazendo graça e gostando de ficar no meio da rua, quer dizer, semi, eu não tava tão no meio! Até porque eu não ia sair dali pois a Bel não pegava, eu só tinha a opção de descer de ré naquela descida com ajuda do freio de mão, e não ia fazer que nem fiz no 1º dia, e encostar ou até bater nesse ônibus.
Tive que esperar a boa vontade do camarada para que saísse dali, essa boa vontade me custou uns 8 minutos.
[PAUSA: Agora um cara com seu caminhão está tentando manobrar nas balizas onde me encontro, tive que levantar e dizer que meu carro parou de funcionar nesse lugar, não é minha culpa, peço desculpas – estou tão furiosa e falo com uma cara de paciência, minha vontade é de perguntar se não me viu na esquina antes quase batendo num ônibus e manda-lo tomar num lugar muito agradável que eu estudo. Sorri, ele saiu e fez baliza em outro lugar.]
Depois que o ônibus saiu, dei uma ré, me coloquei numa superfície plana pra tentar fazer pegar a Bel, não pegou, abri o capo, deu uma olhada, o cabo ainda tava no lugar, dei uma injetada de gasolina e nada. O semi-pai saiu de casa e foi ver o que tinha acontecido, tentamos andar de ré, não pegou, no meio da rua de baixo, aquela que passei que nem faísca a Belina pára, então uma boa alma andante me ajuda a empurrar a Belina no meio daquela lama toda.
[PAUSA: o mecânico chegou! Depois de meia hora...]
[OUTRA PAUSA: Estou no mecânico, a Bel pegou, andei com ela até aqui, o mecânico falou que era não me lembro o nome que carrega a bateria, que tem que trocar, enquanto isso, aminha bateria está sendo carregada, e ele falou que eu tenho que ir pra SA antes que anoiteça, pra não gastar a bateriam ligando a luz. Estou esperando, olhando pro céu, charqueado de nuvens negras, vou ter que ter mais sorte pra não pegar chuva na estrada! Minha mãe me ligou centenas de vezes, queria vir pra cá com o mecânico dela, mas eu disse que resolvo isso sozinha].
Ah, onde parei? Um vivente ajudou a gente a empurrar a Bel ela foi indo empurrada até parar mesmo entre as traves da baliza. O semi-pai foi chamar o mecânico, depois passou por mim e falou que dali um 15 minutos ele estaria ali, o que durou meia hora. Fiquei ali sozinha, esperando, escrevendo num bloquinho. Depois de um tempo, percebi que tinha uma carreta de auto-escola estacionada atrás de mim, pensei que fosse apenas uma carreta estacionada com uns caras com cara amarrada, eles estavam esperando eu sair com a Belina do meio das balizas deles. Devem ter esperado uns 30 min. Também. Até o mecânico fazer pegar e ver o que era, os 3 caras estavam fora da carreta olhando com uma cara não muito amigável, esperando eu sair. Então, ajudei o mecânico, e empurrei um pouco pra frente pra eles fazerem a maldita baliza.
E eu que peguei medo de baliza após auto-escola, agora “garrei” é nojo!
[PAUSA DE PENSAMENTOS: E eu tava pensando em comprar uma Kombi, depois desse sufoco, não sei não, vamos ver como essa história se desenvolve, tenho que ficar com a Belina até dezembro, porque meu irmão completa 18 anos e minha mãe faz o inventário do pai e poderá vendê-la... Vamos ver!]
Lá vem o mecânico, sujeito baixinho, roliço e com cara amarrada, que só desamarra quando fala docemente, ele vai colocar uma solda num cano de água que escapou. Eu tenho um libro pra ler mas estou afim de escrever.
[PAUSA de 50 minutos! Viagem de Ijuí à SA, poderia ser uma pausa de uma vida toda!]
Bem, agora escrevo viva né? Peguei a Belina abasteci, correndo contra o tempo, pelas 5 horas da tarde, me botei na estrada, antes que o sol se fosse, peguei chuva na estrada de Entre-Ijuís até a entrada de SA. Tudo bem, a cada entrada de cidade, eu soltava um “Obrigada Senhor”, vim cantando alto de lá até aqui pra disfarçar o medo, só fiquei em silêncio nos buracos, curvas e chuva.
Cheguei inteira, coração a mil [taquicardia, sudorese, dispnéia] e esse papo me deu fome...
Quando meu irmão, e depois minha mãe viram que a Belina estava na frente de casa, então falararam: “Mas tu é guerreira heim!”. Assim, que me senti, orgulhosa por ter tido coragem de passar por essa história com a Belina, sozinha.
Hoje é uma quarta-feira, dia 8 de julho, e pela 5ª vez tento levar minha Belina para Santo Ângelo [SA], sim, ela está a quase 2 semanas em Ijuí.
Na 1ª vez quase bati em um carro de ré, do qual o relato já fiz na Biografia da Jana III.
Na 2ª escapou o fio de injeção [aquele que sai faísca pra pegar o carro] e eu pensei que fosse por falta de gasolina, na verdade, álcool. Belinas são movidas à álcool, não muito diferente de sua dona. Eu e minha amiga tivemos que colocar em ponto morto até um posto, passando por uma rótula sem nenhum carro e após uma sinaleira fechada, sufoco, empurrei até o posto, consegui abastecer, e só depois de meia hora que os caras do posto vinham e iam com a Bel pra fazer pegar, que chega um cara e nota que era apenas um fio desconectado.
Na 3ª vez, ela simplesmente não pegou pelas 7 horas da manhã! Claro, já disse, a Bel é à álcool, não pegam assim! Ela nem quis ser aquecida. Fui pra SA de carona pra buscar roupa e deixei ela no pátio da casa da minha amiga, que se tornou minha semi-família [sou adotiva de coração e imposição].
No outro dia tirei ela do pátio, fazendo um estardalhaço, tirei ela bem direitinho, tinha que fazer várias manobras, porém ela me apaga no meio da rua, bem na hora que todo mundo passa, semi-mãe chega em casa de carona, semi-sobrinho chega de van da escola, enfim... Depois que ela pegou, deu uma volta, e estacionei do lado de fora de casa na descida para o outro dia pegar no tranco.
O motivo da 4ª vez não ter ido pra SA foi a chuva muito forte e frio. Nem que eu fosse muito louca eu iria com a Belina com risco de parar no meio da estrada na chuva, e além do mais no frio ela se nega a andar.
Relato da 5ª vez: Estou aqui dentro do carona da Belina, estacionada entre as travez da baliza de uma auto-escola de ônibus e caminhões, ao meu lado esquerdo vejo um campo verde, à direita uma casa semi-assombrada, à frente está o ferro do meio da baliza e alguns carros fazendo as balizas, atrás vejo mais balizas. Mas para chegar aqui, conto a semi-pequena história:
A Belina estava estacionada na descida como relatei, então, tentei fazer ela pegar umas 5 ou 6 vezes, nisso eu tinha que esperar uns minutos porque toda vez ela afogava, eu entrava e saia da casa, todas essas vezes. Na 7ª vez resolvi soltar o freio de mão e fazer ela pegar no tranco, minha sorte foi que não passou nenhum carro na rua de baixo, fui que nem faísca, mas ela não pegou. Resultado: fiquei na Society do Alemão [campinho de futebol] a uma quadra muito extensa daonde Bel estava estacionada. Voltei com uma cara de taxi pra casa, falei com a secretária que trabalha na casa, e ela me passou um nº de um cara especializado em Baterias, liguei, alguns 10 minutos, chegou.
Na 1ª ligada, após conectar uns cabos na bateria, ela ligou, me falou um monte de coisas que eu já nem lembro mais, [gente eu sou mulher, não entendo de carros nem sei de seus nomes científicos, fiquei olhando o motor pensando no coração, pulmão, estomago, enfim, na anatomia humana], acho que ele falou que pra fazer pegar no tranco tinha que descer em 2ª [soco pré-cordial], e que tinha que injeta gasolina [adrenalina], me mostrou uns botões, antes de sai, Bel ficou ali, bem queridona ligada, com o negócio que faz o motor ficar funcionando puxado.
Ok, pronto agora vou pra Santo Ângelo – pensei.
Coloquei a 1ª, sai dirigindo a Bel, estacionei no outro lado da casa que agora vira subida, fui pegar minhas malas, voltei, coloquei no carro, fui sai, saiu direitinho, no meio do caminho parou tudo [morte súbita]! Tive que esperar semi no meio da rua porque tinha um ônibus da auto-escola atrás de mim, e ele achou que eu estava fazendo graça e gostando de ficar no meio da rua, quer dizer, semi, eu não tava tão no meio! Até porque eu não ia sair dali pois a Bel não pegava, eu só tinha a opção de descer de ré naquela descida com ajuda do freio de mão, e não ia fazer que nem fiz no 1º dia, e encostar ou até bater nesse ônibus.
Tive que esperar a boa vontade do camarada para que saísse dali, essa boa vontade me custou uns 8 minutos.
[PAUSA: Agora um cara com seu caminhão está tentando manobrar nas balizas onde me encontro, tive que levantar e dizer que meu carro parou de funcionar nesse lugar, não é minha culpa, peço desculpas – estou tão furiosa e falo com uma cara de paciência, minha vontade é de perguntar se não me viu na esquina antes quase batendo num ônibus e manda-lo tomar num lugar muito agradável que eu estudo. Sorri, ele saiu e fez baliza em outro lugar.]
Depois que o ônibus saiu, dei uma ré, me coloquei numa superfície plana pra tentar fazer pegar a Bel, não pegou, abri o capo, deu uma olhada, o cabo ainda tava no lugar, dei uma injetada de gasolina e nada. O semi-pai saiu de casa e foi ver o que tinha acontecido, tentamos andar de ré, não pegou, no meio da rua de baixo, aquela que passei que nem faísca a Belina pára, então uma boa alma andante me ajuda a empurrar a Belina no meio daquela lama toda.
[PAUSA: o mecânico chegou! Depois de meia hora...]
[OUTRA PAUSA: Estou no mecânico, a Bel pegou, andei com ela até aqui, o mecânico falou que era não me lembro o nome que carrega a bateria, que tem que trocar, enquanto isso, aminha bateria está sendo carregada, e ele falou que eu tenho que ir pra SA antes que anoiteça, pra não gastar a bateriam ligando a luz. Estou esperando, olhando pro céu, charqueado de nuvens negras, vou ter que ter mais sorte pra não pegar chuva na estrada! Minha mãe me ligou centenas de vezes, queria vir pra cá com o mecânico dela, mas eu disse que resolvo isso sozinha].
Ah, onde parei? Um vivente ajudou a gente a empurrar a Bel ela foi indo empurrada até parar mesmo entre as traves da baliza. O semi-pai foi chamar o mecânico, depois passou por mim e falou que dali um 15 minutos ele estaria ali, o que durou meia hora. Fiquei ali sozinha, esperando, escrevendo num bloquinho. Depois de um tempo, percebi que tinha uma carreta de auto-escola estacionada atrás de mim, pensei que fosse apenas uma carreta estacionada com uns caras com cara amarrada, eles estavam esperando eu sair com a Belina do meio das balizas deles. Devem ter esperado uns 30 min. Também. Até o mecânico fazer pegar e ver o que era, os 3 caras estavam fora da carreta olhando com uma cara não muito amigável, esperando eu sair. Então, ajudei o mecânico, e empurrei um pouco pra frente pra eles fazerem a maldita baliza.
E eu que peguei medo de baliza após auto-escola, agora “garrei” é nojo!
[PAUSA DE PENSAMENTOS: E eu tava pensando em comprar uma Kombi, depois desse sufoco, não sei não, vamos ver como essa história se desenvolve, tenho que ficar com a Belina até dezembro, porque meu irmão completa 18 anos e minha mãe faz o inventário do pai e poderá vendê-la... Vamos ver!]
Lá vem o mecânico, sujeito baixinho, roliço e com cara amarrada, que só desamarra quando fala docemente, ele vai colocar uma solda num cano de água que escapou. Eu tenho um libro pra ler mas estou afim de escrever.
[PAUSA de 50 minutos! Viagem de Ijuí à SA, poderia ser uma pausa de uma vida toda!]
Bem, agora escrevo viva né? Peguei a Belina abasteci, correndo contra o tempo, pelas 5 horas da tarde, me botei na estrada, antes que o sol se fosse, peguei chuva na estrada de Entre-Ijuís até a entrada de SA. Tudo bem, a cada entrada de cidade, eu soltava um “Obrigada Senhor”, vim cantando alto de lá até aqui pra disfarçar o medo, só fiquei em silêncio nos buracos, curvas e chuva.
Cheguei inteira, coração a mil [taquicardia, sudorese, dispnéia] e esse papo me deu fome...
Quando meu irmão, e depois minha mãe viram que a Belina estava na frente de casa, então falararam: “Mas tu é guerreira heim!”. Assim, que me senti, orgulhosa por ter tido coragem de passar por essa história com a Belina, sozinha.
Oi jana loka... hehehe
ResponderExcluirmuito legal esse teu blog!
fiquei lendo uma hora a fio...
PARABENSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
bjao da Ale e da Erica
e eu li tudinho!
ResponderExcluire eu andei de belina... ela conversa com as pessoas, isso é cômico! heuehuehue
eu espero q ela deixe de ser rebelde contigo, jana! tu é tão querida pra essa adolescente...
hueheuehue
ameiiii!
bj bj
Jana, uma vez eu estava andando de Palio em uma rua de Foz do Iguaçu, quando de repente escutei um barulhinho estranho... comecei a tentar prestar atenção nos ruídos externos enquanto dirigia e, qdo voltei minha atenção para o interior do carro, me deparei com um monte de fumaça! O "barulhinho" foi de um curto-circuito na luz do teto e o mesmo começou a incandescer. Parei o carro imediatamente (e, certamente não por acaso, foi bem na frete de uma empresa q vende baterias para carros e os donos do lugar, entendendo de carro, já vieram me ajudar, desligaram a bateria para o incêndio parar nos fios e não chegar na bateria e então apagaram o fogo com o extintor)!
ResponderExcluirQue horror né?? O carro poderia ter pego fogo se não fossem eles... minha cachorrinha estava junto e ficou em estado de choque (tadinha)! Tirei ela do carro, coloquei em cima de um banco na frente da tal loja dos caras e ela ficou lá, PARALISADA... bah, mas essa tua belina é ultra figura hein?
Eu tbm já bati de ré... aliás, aquele dia acabamos falando um monte do ZÉ ELIAS que nem te contei como que foi que eu bati no carro do home (mas lógico que foi de ré)!!! Mulher, né...