sexta-feira, 11 de junho de 2010

A música do Amor

Chegando perto do dia dos namorados, e mais um ano solteira apesar de não estar sozinha sempre, na companhia de um amigo colorido especial. E sim, é especial e diferente, pois dessa vez eu posso ser eu mesma: dizer que não gosto de kiwi e nem de caqui e não ser forçada a come-los, falar que não gosto de sertanejo e não ser obrigada a ouvir músicas ruims, falar que gosto do que gosto e ponto, compartilhar opiniões tão parecidas quanto ao mundo e quanto a nossas atitudes.

Uma vez falei que o amor da minha vida me mandaria duas músicas: a 1ª era “More than words”, desde meus 13 anos pensando nela, até achar um cara que se identificava com ela porém do mesmo modo que me deu uma apunhalada silenciosa por pelas minhas costas, a dedicou para outra garota que o seu coração já havia eleito. Paciência, apesar de no identificarmos um monte, não era ele.

A 2ª música era “If I feel”, esta foi um pouco mais dolorosa, a pessoa não apenas se identificava com ela, não apenas me mandou várias versões dela, como também sugeriu que nós dois gravássemos em estúdio fazendo um duo de vozes com apenas violão. Me apaixonei instantaneamente pela idéia e pela pessoa que levou meu coração num submarino amarelo moderno junto com sua falta de tempo. E lá se arrastou esperança, dor e saudade, até o dia de eu querer parar de sofrer.

Depois desses casos, andei vazia, apesar de não estar sozinha, não era solidão, era apenas vazio, todo amor de um coração alado saiu pelos pequenos buracos dos quais foi flexado e evaporou.

Então o coração encontrou a paz e sossego de estar sozinho novamente. Até um grande amigo surgir, com as características essenciais que você preza nos relacionamentos: amigo, companheiro e amante. E você sente que quer o bem da pessoa, quer estar perto apesar de quilômetros de distância, mas não quer sufocá-lo, planeja viagens juntos e isso soa natural, sem forçar a barra, porque vocês são parecidos e podem ser vocês mesmos entre vocês, você pode mostrar-lhe as suas estranhezas e a sua ambigüidade, sem nenhum dos dois ter que sair correndo de medo, ou de estar sendo incoveniente, porque vocês são assim e ponto.

Aprendi que não é necessário ter um príncipe encantado com uma música feita pelos mais geniais músicos de todos os tempos, feita para quando eles viveram seus amores.

Aprendi que eu posso gostar de uma pessoa e fazer minha própria música com a melodia e a letra que eu bem quiser. Tem que se deixar levar, sem muito esperar.

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