sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Conclusões da vida?


Faz tanto tempo que não me expresso através de palavras escritas, que sinto como se minha alma estivesse enferrujada. 
Por anos, os sentimentos estiveram adormecidos, talvez, simplesmente por ter emoção demais, e tristeza de menos. Porque isso faz parte de ser eu, quando a tristeza sufoca, nas pontas dos dedos saem formas de expressão, e diferentemente o contrário se torna pateticamente impossível, acho que é porque quando se está feliz com determinada situação, você apenas vive, não reflete sobre e segue sendo “feliz”.
Estranhamente, quando se está na pior as pessoas rezam a Deus. Não sendo assim a minha natureza, na mesma condição eu escrevo.
O problema é que nem pra voltar a escrever eu estava me sentindo triste o suficiente. Na verdade, a não escrita se decorria pois havia um vácuo consumindo o setor criativo e reflexivo. Ainda bem, que na minha profissão, com o contato de diferentes opiniões, eu consegui entender o que estava passando e assim, voltar desse estado de inércia para refletir os sentimentos e talvez as razões de se viver nesse mundo louco.
Sim, o mundo é a maior viagem!
Das conclusões que eu acabei tirando, uma foi, quem sabe a mais importante de tantas:
Não adianta a gente querer morrer agora, pois algum dia todos nós iremos morrer mesmo, somos perecíveis aos olhos do universo, e talvez ele mesmo o seja. Quando me dei conta disso, resolvi traçar alguns objetivos de vida para, digamos, ocupar esse espaço enquanto, eu não morro! Parece fúnebre, e talvez até mesmo melancólico, mas não consigo ver por esse lado. Pois tendo consciência da morte, é que pela primeira vez tive consciência da vida!
E a vida, nossa, ela é muito pequena pra ser desperdiçada com esse monte de coisas que nos atordoam.
Um deles, é o estresse. Outra coisa que aprendi a controlar (talvez não sempre, mas o suficiente para não surtar). O que adianta saber que tem que fazer, e que tem x tempo para fazer, e só deixar pra última hora? Se é algo que tem que ser feito, o faça. Se passou do tempo, peça desculpa ou não faça merda nenhuma. O estresse não vai diminuir as coisas que temos que fazer e muito menos fazer por nós.
Sobre planos: se você não tem uma cabeça muito boa (tomou cachaça demais nessa vida) tenha uma agenda, um caderno, um e-mail pra se mandar, mas anote suas ideias mais mirabolantes. Faça uma lista de 100 filmes, livros, músicas e o escambau que você quer ver, ler, escutar  e fazer antes de morrer. E dá pra ser mais objetivo: traçar metas para cada meio ano, ou pro ano inteiro. Ex.: Eu tinha escrito que iria para tal lugar no ano de 2011, e que em 2012 compraria meu apartamento próprio. Foi exatamente o que aconteceu, mas isso porque eu me prontifiquei que essas coisas fossem providenciadas.
Talvez, conclusão de tudo isso: não adianta nada ficar empurrando com a barriga as coisas, se não você vai viver estressado, sem nunca ter viajado e aproveitado a vida.
Não digo que é ter um “Manual de como Viver” mas há coisas que de tanto você levar na cabeça que você aprende. Aquele clichê é muito mais que bem vindo numa hora dessas “A vida não é complicada, é a gente que a complica”.

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