ViaJana
sexta-feira, 14 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Entre erros e acertos encontrei você
A
sociedade moderna estruturou nossos relacionamentos de tal forma que nossos
pais não mais nos obrigam a casar com fulano de tal, de tal família, ou com
quem eles teriam benefício econômico, comercial ou financeiro, conveniência que
era estabelecido por classes, ou por dotes de noiva.
Atualmente,
nós fizemos nossas próprias escolhas, cegados pela paixão, ou escolhas conscientes
por novas expectativas, interesses em comum, maneira como nos sentimos quando
estamos perto dessa pessoa, planos e combinações favoráveis a ambos, mas,
principalmente, pelos erros e acertos que nós tivemos no passado, fruto dos
antigos relacionamentos que experienciamos. Todos aqueles relacionamentos que
por menores que tenham sido como uma transa após festa, até aqueles que duraram
7 anos namorando, mais 2 anos de noivado, e casamento terminado em 3 meses.
Porque
as pessoas e seus relacionamentos realmente são diferentes, não estou dizendo
que você vai construir a partir de agora um Frankenstein, corpo e rosto de um astro
hollywoodiano, e pensamentos do tio da padaria. Estou falando de que todas as
nossas experiências, que ainda bem podemos ter hoje, nos levam a mudar o
pensamento, ser menos intolerantes a pequenos defeitos que nos causam mal, e
mais tolerantes com aparência e tipo físico. Não é a quantidade que conta,
aquele tempo que você transava absurdamente (com pessoas diferentes), mas sim a
companhia para assistir Breaking Bad, a parceria da cozinha (faço a comida,
você lava), a cumplicidade de um banho a dois, o carinho do dormir enroscados
com a mesma coberta, tentando não deixar o outro passar frio com o calor do
próprio corpo, essa cumplicidade toda do dia-a-dia.
Enfim,
todas aquelas escolhas, por mais erradas do que certas que fizemos ao longo do
tempo, nos levam a fazer uma escolha mais tranquila, um aprendizado que ambos
coloquem na balança, e fiquem equilibrados para seguirem os caminhos dessa
vida, andando de bike de mãos dadas tomando um caminho de pedrinhas, desviando
dos pedregulhos sem muito estresse e cantarolando “All you need love” e
pensando: “Entre todos meus erros e acertos ainda bem que encontrei você”.
domingo, 28 de outubro de 2012
Mais amor, por favor!
O amor não pode ser imposto. O amor é LIVRE. Ainda mais nesses tempos tão individualistas. Ninguém mais está interessado em viver o amor e sim se sentir seguro dentro de sua própria concha. Não podemos nos culpar, pois a sociedade evoluiu de tal forma para a própria proteção (e talvez para diminuirmos a super população), de certa maneira, quando estávamos pedindo direito iguais.
Não, não estou culpando o feminismo, aliás, eu sou feminista, estou falando que evoluímos de tal ponto que em vez de termos um casamento arranjado, temos um sentimento verdadeiro que realmente prende duas pessoas. E não, não estou falando de casar de véu e grinalda, igreja, testemunhas... Estou falando de duas pessoas que se amam de verdade e decidem juntar suas vidas para fazer planos em comum. Não deixar de fazer todas as coisas que cada um realmente gosta, mas significa ceder.
CEDER... Acho que é a palavra mais não usada e muito mais não desenvolvida. Ninguém quer desistir de nada em favor de alguém! Por isso, novamente ressalto, não é questão de desistir de alguma coisa, mas sim é questão de não submeter-se a NADA pelo outro.
Eu achava que entendia de relacionamentos (pelo menos, na teoria) até que vivi um. E realmente descobri que eu não sabia nada sobre eles e talvez, nunca saberei a verdade porque não se deve ter uma fórmula para esse bolo chamado amor.
Mas aprendi que não tem como ceder só de um lado, se não a balança vai pesar demais e tudo vai cair pelo chão algum dia.
Aprendi que reconhecimento não é elogio. Mas sim atos.
Não importa quantas vezes você faça algo para aquela pessoa, se ela não estiver vendo, simplesmente vai te culpar por não fazer nada.
E não adianta você se dedicar a uma relação, sonhando que um dia essa pessoa vai mudar, porque se ela estiver apenas convencida de fazer apenas as próprias coisas, ela nunca irá mudar.
Acho que a conclusão é a mesma que estamos vendo por vários lugares em formas de manifestação: mais amor, por favor! O amor é importante, porra!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Conclusões da vida?
Faz tanto tempo que não me expresso através de palavras
escritas, que sinto como se minha alma estivesse enferrujada.
Por anos, os sentimentos estiveram adormecidos, talvez, simplesmente por ter
emoção demais, e tristeza de menos. Porque isso faz parte de ser eu, quando a
tristeza sufoca, nas pontas dos dedos saem formas de expressão, e
diferentemente o contrário se torna pateticamente impossível, acho que é porque
quando se está feliz com determinada situação, você apenas vive, não reflete
sobre e segue sendo “feliz”.
Estranhamente, quando se está na pior as pessoas rezam a Deus. Não sendo assim
a minha natureza, na mesma condição eu escrevo.
O problema é que nem pra voltar a escrever eu estava me sentindo triste o
suficiente. Na verdade, a não escrita se decorria pois havia um vácuo
consumindo o setor criativo e reflexivo. Ainda bem, que na minha profissão, com
o contato de diferentes opiniões, eu consegui entender o que estava passando e
assim, voltar desse estado de inércia para refletir os sentimentos e talvez as
razões de se viver nesse mundo louco.
Sim, o mundo é a maior viagem!
Das conclusões que eu acabei tirando, uma foi, quem sabe a mais importante de
tantas:
Não adianta a gente querer morrer agora, pois algum dia todos nós iremos morrer
mesmo, somos perecíveis aos olhos do universo, e talvez ele mesmo o seja.
Quando me dei conta disso, resolvi traçar alguns objetivos de vida para,
digamos, ocupar esse espaço enquanto, eu não morro! Parece fúnebre, e talvez
até mesmo melancólico, mas não consigo ver por esse lado. Pois tendo consciência
da morte, é que pela primeira vez tive consciência da vida!
E a vida, nossa, ela é muito pequena pra ser desperdiçada com esse monte de
coisas que nos atordoam.
Um deles, é o estresse. Outra coisa que aprendi a controlar (talvez não sempre,
mas o suficiente para não surtar). O que adianta saber que tem que fazer, e que
tem x tempo para fazer, e só deixar pra última hora? Se é algo que tem que ser
feito, o faça. Se passou do tempo, peça desculpa ou não faça merda nenhuma. O
estresse não vai diminuir as coisas que temos que fazer e muito menos fazer por
nós.
Sobre planos: se você não tem uma cabeça muito boa (tomou cachaça demais nessa
vida) tenha uma agenda, um caderno, um e-mail pra se mandar, mas anote suas
ideias mais mirabolantes. Faça uma lista de 100 filmes, livros, músicas e o
escambau que você quer ver, ler, escutar
e fazer antes de morrer. E dá pra ser mais objetivo: traçar metas para
cada meio ano, ou pro ano inteiro. Ex.: Eu tinha escrito que iria para tal
lugar no ano de 2011, e que em 2012 compraria meu apartamento próprio. Foi
exatamente o que aconteceu, mas isso porque eu me prontifiquei que essas coisas
fossem providenciadas.
Talvez, conclusão de tudo isso: não adianta nada ficar empurrando com a barriga
as coisas, se não você vai viver estressado, sem nunca ter viajado e aproveitado
a vida.
Não digo que é ter um “Manual de como Viver” mas há coisas que de tanto você
levar na cabeça que você aprende. Aquele clichê é muito mais que bem vindo numa
hora dessas “A vida não é complicada, é a gente que a complica”.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Profecia Maia - 2012 está chegando...
Matéria da Revista Tri-Comunicação de Ijuí [Dezembro de 2011]:
Luciene Ferrari: Oi Jana, tudo bem? Assim, queria uma coisa de ti, se puder me ajudar. Tô fazendo uma matéria sobre 2012, aquele lance da profecia maia para a Revista Tri, onde trabalho. Tô coletando umas declarações de pessoas sobre isso. O que pensam/sabem sobre e se acreditam que algo pode mesmo acontecer. Será que tu pode me dar um depoimento também? Preciso de um texto curto, de algumas linhas só, com tua opinião e tal. Se puder me ajudar agradeço..
Luciene Ferrari: Oi Jana, tudo bem? Assim, queria uma coisa de ti, se puder me ajudar. Tô fazendo uma matéria sobre 2012, aquele lance da profecia maia para a Revista Tri, onde trabalho. Tô coletando umas declarações de pessoas sobre isso. O que pensam/sabem sobre e se acreditam que algo pode mesmo acontecer. Será que tu pode me dar um depoimento também? Preciso de um texto curto, de algumas linhas só, com tua opinião e tal. Se puder me ajudar agradeço..
Jana Santiago: Em meados de 2004, conheci um pessoal que estava debatendo sobre a Profecia Maia, entrei na roda e comecei a escuta-los, na época dei pouca atenção ao que falaram, pensei que fosse bobagem, mas depois de alguns anos, a teoria de acabar o Calendário Maia em 2012 tomou uma proporção gigantesca que começou a fazer sentido aquilo que havia escutado a alguns anos anteriores.
A Profecia Maia se baseava no termino de uma Era. Assim, surge uma Nova Era, ou seja, ela não condiz com o Apocalipse ou a Extinção do Mundo, tudo isso foi invenção cinematográfica.
A Nova Era baseia-se por 7 Profecias Maias, [isso é muito mais complexo do que pode-se imaginar e faria uma palestra inteira explicando-as], resumidamente, condiz a uma Era de Amor, com o fim do medo, do ódio e do materialismo pois aconteceriam várias catástrofes, mudanças climáticas, aquecimento global, consequências das próprias ações humanas. Essas condições levarão o ser humano refletir, ajudar os próximos e assim criar uma Nova Era de Harmonia.
Essa Nova Era fará com que todos os seres humanos tenham a oportunidade de mudar e romper suas limitações através do pensamento, florescendo assim um novo sentido para suas vidas.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Aqueles besouros, The Beatles
Confesso, estou ensaiando a anos escrever sobre eles. Quem disse que é fácil? Uma das melhores bandas que o mundo teve conhecimento. Meninos de Liverpool que conquistaram tantos corações, e hoje o amor está do tamanho certo para ser clichê e dizer que também sou uma Beatlemaníaca, já tive crises de Beatle predileto, tenho meu álbum preferido [White Album]. E ainda bem que formamos opiniões diferentes, é sinal que o amor que eles fizeram a gente sentir, de geração em geração, pode mudar músicas, conceitos e propostas.
Selecionei alguns arquivos históricos, vídeos e músicas. Pra começar, com um belo vídeo, os Beatles e sua música, ano a ano, álbum a álbum:
Aos que gostam indico o livro Beatlemania do Ricardo Pugliari.
Algumas músicas que eu amo para escutar e também ver vídeos deles:
♫ The Beatles - Blackbird - Letra, música e tradução
♫ The Beatles - Lady Madonna - Letra, música e tradução
♫ The Beatles - And I Love Her [vídeo lindo]
♫ The Beatles - Hey Jude [Eles tirando o apresentador no começo é mto engraçado!]
♫ The Beatles - If I fell [vídeo lindo]
♫ The Beatles - Let It Be [vídeo em estúdio]
♫ The Beatles - I Am The Walrus [Clipe]
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Os Sobreviventes
"[...] Ai como ele era bonzinho e nós não lhe demos a dose suficiente de atenção para que ficasse aqui entre nós... Quanto a mim, a voz rouca, fico por aqui comparecendo a atos públicos, entre uma e outra carreira, pixando muros contra usinas nucleares, em plena ressaca, um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda... Mas tentamos tudo, eu digo, e ela diz que sim, claaaaaaaro, tentamos tudo. Realmente tentamos, mas foi uma bosta... E eu não queria aceitar que fosse isso: éramos diferentes, ai como éramos diferentes, éramos melhores, éramos mais, éramos superiores, éramos escolhidos, éramos.
[...] coração, explode junto comigo, depois virava de bruços e chorava no travesseiro porque naquele tempo ainda tinha culpa nojo, vergonha, mas agora tudo bem. Não que fosse amor de menos, você dizia depois, ao contrário, era amor demais, você acreditava mesmo nisso? Não tenho nada contra decadentes em geral, não tenho nada contra qualquer coisa que soe a: uma tentativa. Peço cigarro e ela me atira o maço na cara, com que joga um tijolo, ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara.
Podia ter dado certo entre a gente, ou não, afinal você naquele tempo ainda não tinha se decidido... A gente aqui, mastigando essa coisa porca sem conseguir engolir nem cuspir fora em esquecer esse gosto azedo na boca. Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica, psicanálise, drogas , acupuntura, suicídio, ioga, dança, natação, Cooper, astrologia, patins, marxismo, candomblé, boate gay, ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço? Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca, me passa o cigarro, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, não estou bêbada nem louca, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, não se preocupe, depois que você sair tomo banho frio, lente quente com mel de eucalipto e gin-seng, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma? Passa devagar a tua mão na minha cabeça, no meu coração, eu tive tanto amor um dia, pára e pede, preciso tanto, tanto, tanto, bicho, não me permitiram, então estendo os dedos e ela fica subitamente pequenina apertada contra meu peito, perguntando se está mesmo muito feia e meio puta e muito velha e completamente bêbada, eu não tinha essas marcas em volta dos olhos, eu não tinha esses vincos em torno da boca, eu não tinha esse jeito de sapatão cansado, e eu repito que não, que está linda assim, desgrenhada e viva, ela pede que eu coloque uma música e escolho o Noturno número dois em mi bemol de Chopin, quero deixá-la assim, dormindo no escuro, sobre este sofá, ao lado das papoulas quase murchas, embalada pelo piano remoto como uma canção de ninar, mas ela se contrai violenta e pede que eu ponha Angela outra vez, então viro o disco, amor meu grande amor.
[...] coração, explode junto comigo, depois virava de bruços e chorava no travesseiro porque naquele tempo ainda tinha culpa nojo, vergonha, mas agora tudo bem. Não que fosse amor de menos, você dizia depois, ao contrário, era amor demais, você acreditava mesmo nisso? Não tenho nada contra decadentes em geral, não tenho nada contra qualquer coisa que soe a: uma tentativa. Peço cigarro e ela me atira o maço na cara, com que joga um tijolo, ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara.
Podia ter dado certo entre a gente, ou não, afinal você naquele tempo ainda não tinha se decidido... A gente aqui, mastigando essa coisa porca sem conseguir engolir nem cuspir fora em esquecer esse gosto azedo na boca. Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica, psicanálise, drogas , acupuntura, suicídio, ioga, dança, natação, Cooper, astrologia, patins, marxismo, candomblé, boate gay, ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço? Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca, me passa o cigarro, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, não estou bêbada nem louca, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, não se preocupe, depois que você sair tomo banho frio, lente quente com mel de eucalipto e gin-seng, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma? Passa devagar a tua mão na minha cabeça, no meu coração, eu tive tanto amor um dia, pára e pede, preciso tanto, tanto, tanto, bicho, não me permitiram, então estendo os dedos e ela fica subitamente pequenina apertada contra meu peito, perguntando se está mesmo muito feia e meio puta e muito velha e completamente bêbada, eu não tinha essas marcas em volta dos olhos, eu não tinha esses vincos em torno da boca, eu não tinha esse jeito de sapatão cansado, e eu repito que não, que está linda assim, desgrenhada e viva, ela pede que eu coloque uma música e escolho o Noturno número dois em mi bemol de Chopin, quero deixá-la assim, dormindo no escuro, sobre este sofá, ao lado das papoulas quase murchas, embalada pelo piano remoto como uma canção de ninar, mas ela se contrai violenta e pede que eu ponha Angela outra vez, então viro o disco, amor meu grande amor.
Que aconteça alguma coisa bem bonita para você, te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em todos de novo, que leve para longe da minha boca esse gosto podre de fracasso, de derrota sem nobreza, não tem jeito, companheiro, nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum, ninguém dá mais carona e a noite já vem chegando. A chave gira na porta. Preciso me apoiar contra a parede para não cair. Atrás da madeira, misturada ao piano e à voz rouca de Angela, nem que eu rastejasse até o Leblon, consigo ouvi-la repetindo que tudo vai bem, tudo continua bem, tudo muito bem, tudo bem. [...]"
Retirado do conto "Os Sobreviventes" do livro "Morangos Mofados" de Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O que você quer? Está preparado?
Muitas vezes simplesmente não sabemos o que queremos então podemos inventar qualquer motivo para fazer um pedido, um desejo, um plano para o futuro; como se esse futuro estivesse muito distante de nós, ou se de repente esse desejo se realizasse não saberiamos mais como lidar com ele.
Então se pergunte: o que você realmente quer? E você está preparado para assumir esse pedido?
Por experiência própria e ultimamente por ver a reação das pessoas com a realização de seus próprios pedidos, tenho me feito muito essas duas perguntas.
E os exemplos brotam na minha cabeça como num filme, cenas de como as pessoas tem medo das mudanças, eu também tenho medo de mudanças. Mas tento encara-los, deixando a adrenalina percorrer por todo meu corpo e me impulsionar para fazer meu próximo pedido.
A resposta para essas duas perguntas no meu caso são as seguintes: quero amor e paz no meu coração; quero ser desejada como amiga, como companheira e como amante; quero ser admitida para os quatro ventos como uma pessoal especial; quero sr aceita na família; quero ter minhas opiniões respeitadas; e por fim não querendo pedir muito, quero ser amada.
Se não for assim, não está bom pra mim; porque talvez a resposta da segunda pergunta venha aqui: estou preparada para assumir esse meu desejo; depois de tantos calos no meu coração, de tantos corações partidos que deixei pelo caminho porque eu não estava pronta; depois de tantos anos consegui ficar pronta e compreender que se uma pessoa te quer e está pronta ela esperará o tempo que for preciso para ter seu coração e não sairá simplesmente procurando um próximo companheiro; essa pessoa poderá estar do outro lado do mundo e querer que todo esse mundo saiba que você exista; essa pessoa pode até não te conhecer tão bem mas ela simplesmente sabe o que quer e está preparada te esperando.
E aí? O que realmente você quer? Você está preparado para o que anda planejando?
Então se pergunte: o que você realmente quer? E você está preparado para assumir esse pedido?
Por experiência própria e ultimamente por ver a reação das pessoas com a realização de seus próprios pedidos, tenho me feito muito essas duas perguntas.
E os exemplos brotam na minha cabeça como num filme, cenas de como as pessoas tem medo das mudanças, eu também tenho medo de mudanças. Mas tento encara-los, deixando a adrenalina percorrer por todo meu corpo e me impulsionar para fazer meu próximo pedido.
A resposta para essas duas perguntas no meu caso são as seguintes: quero amor e paz no meu coração; quero ser desejada como amiga, como companheira e como amante; quero ser admitida para os quatro ventos como uma pessoal especial; quero sr aceita na família; quero ter minhas opiniões respeitadas; e por fim não querendo pedir muito, quero ser amada.
Se não for assim, não está bom pra mim; porque talvez a resposta da segunda pergunta venha aqui: estou preparada para assumir esse meu desejo; depois de tantos calos no meu coração, de tantos corações partidos que deixei pelo caminho porque eu não estava pronta; depois de tantos anos consegui ficar pronta e compreender que se uma pessoa te quer e está pronta ela esperará o tempo que for preciso para ter seu coração e não sairá simplesmente procurando um próximo companheiro; essa pessoa poderá estar do outro lado do mundo e querer que todo esse mundo saiba que você exista; essa pessoa pode até não te conhecer tão bem mas ela simplesmente sabe o que quer e está preparada te esperando.
E aí? O que realmente você quer? Você está preparado para o que anda planejando?
sábado, 6 de novembro de 2010
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